{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2014/10/21/o-medo-que-invadiu-os-mercados" }, "headline": "O medo que invadiu os mercados", "description": "O medo que invadiu os mercados", "articleBody": "Os \u00edndices globais sofreram uma das maiores quedas dos \u00faltimos tr\u00eas anos. Est\u00e3o em causa v\u00e1rios fatores: o v\u00edrus \u00c9bola, os receios generalizados de abrandamento econ\u00f3mico e as especula\u00e7\u00f5es sobre as subidas das taxas de juro. Tudo isto alimenta o receio de quedas mais pronunciadas nas a\u00e7\u00f5es, com os mercados do M\u00e9dio Oriente a apresentar grande vulnerabilidade.Os mercados globais t\u00eam conhecido um per\u00edodo de agravamento de receios, o que gerou uma maior volatilidade e o aumento significativo da venda de a\u00e7\u00f5es. As pra\u00e7as americanas, europeias e asi\u00e1ticas t\u00eam sido muito afetadas pelo abrandamento econ\u00f3mico global, pelo risco concreto de defla\u00e7\u00e3o na zona euro \u2013 mesmo pela possibilidade de uma nova recess\u00e3o -, pela especula\u00e7\u00e3o sobre a subida das taxas de juro e pelo medo em torno da dissemina\u00e7\u00e3o do \u00c9bola, que atinge o setor do turismo.Apesar da reatividade denotada no final da semana ada, os principais \u00edndices perderam os lucros conquistados em 2014, precipitando-se em terreno negativo. O DAX alem\u00e3o aproximou-se dos -9%; o CAC40 franc\u00eas e o FTSE100 brit\u00e2nico suplantaram a fasquia dos -7%.Os analistas denunciam o efeito \u201cdomin\u00f3\u201d, isto \u00e9, de cont\u00e1gio, que se repercutiu tamb\u00e9m sobre os mercados do M\u00e9dio Oriente. Na semana ada, o principal \u00edndice saudita escorregou quase 10% e o do Dubai, 8%. No entanto, aqui os ganhos de 2014 foram preservados, com destaque justamente para o Dubai e para o EGX, do Egito.Seja na Europa ou no M\u00e9dio Oriente, o pessimismo reinante tem desviado o fluxo de investimentos para valores como certificados de Tesouro em pa\u00edses com maior estabilidade ou ainda para o mercado do ouro.A jornalista da euronews Daleen Hassan falou com Nour Eldeen Al-Hammoury, analista da ADS Securities, que nos deu a sua an\u00e1lise desta quest\u00e3o. euronews: Este \u00e9 um decl\u00ednio de curto ou de longo prazo?Nour Eldeen Al-Hammoury: Estas quedas parecem-me mais do lado saud\u00e1vel. Os t\u00edtulos t\u00eam subido ao longo dos \u00faltimos quatro anos, sem que tenha havido grandes corre\u00e7\u00f5es. S\u00e3o quedas que parecem ser de curto prazo, uma vez que os bancos centrais prosseguem com as pol\u00edticas de ajustamento. Desde que estas pol\u00edticas continuem, os t\u00edtulos v\u00e3o acumular mais lucros.euronews: O que pode ser feito para travar a volatilidade?NAH: Para j\u00e1, n\u00e3o entrar em p\u00e2nico. A maior parte das quedas da semana ada foi provocada por vendas precipitadas. No entanto, n\u00f3s denot\u00e1mos que os nossos clientes, por exemplo, na \u00c1sia, na Europa, ou aqui no M\u00e9dio Oriente, t\u00eam interesse em comprar durante este per\u00edodo. Isto sobretudo gra\u00e7as \u00e0s pistas que alguns membros da Reserva Federal deram aos mercados, de que, se necess\u00e1rio, pode haver mais dinheiro barato a circular. euronews: Porque \u00e9 que os mercados do M\u00e9dio Oriente t\u00eam tido um bom desempenho, apesar das tens\u00f5es geopol\u00edticas na regi\u00e3o?NAH: Como j\u00e1 abord\u00e1mos aqui neste programa, os mercados do M\u00e9dio Oriente s\u00e3o muito atrativos, porque h\u00e1 seguran\u00e7a e estabilidade na regi\u00e3o, e porque os potenciais s\u00e3o muitos. S\u00e3o mercados que t\u00eam beneficiado do contexto no estrangeiro, sobretudo do abrandamento na Europa. Mais, a regi\u00e3o abriu as portas aos investidores estrangeiros. H\u00e1 muitos investidores a virem at\u00e9 c\u00e1, pelo menos at\u00e9 Abu Dhabi, at\u00e9 aos Emirados \u00c1rabes Unidos, apesar de todo o ru\u00eddo que circula. No final de contas, o que os investidores querem \u00e9 seguran\u00e7a, estabilidade, bons pre\u00e7os e boa tecnologia.", "dateCreated": "2014-10-21T09:01:10+02:00", "dateModified": "2014-10-21T09:01:10+02:00", "datePublished": "2014-10-21T09:01:10+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F285384%2F1440x810_285384.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O medo que invadiu os mercados", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F285384%2F432x243_285384.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

O medo que invadiu os mercados

O medo que invadiu os mercados
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Os índices globais sofreram uma das maiores quedas dos últimos três anos. Estão em causa vários fatores: o vírus Ébola, os receios generalizados de abrandamento económico e as especulações sobre as subidas das taxas de juro. Tudo isto alimenta o receio de quedas mais pronunciadas nas ações, com os mercados do Médio Oriente a apresentar grande vulnerabilidade.

Os mercados globais têm conhecido um período de agravamento de receios, o que gerou uma maior volatilidade e o aumento significativo da venda de ações. As praças americanas, europeias e asiáticas têm sido muito afetadas pelo abrandamento económico global, pelo risco concreto de deflação na zona euro – mesmo pela possibilidade de uma nova recessão -, pela especulação sobre a subida das taxas de juro e pelo medo em torno da disseminação do Ébola, que atinge o setor do turismo.

Apesar da reatividade denotada no final da semana ada, os principais índices perderam os lucros conquistados em 2014, precipitando-se em terreno negativo. O DAX alemão aproximou-se dos -9%; o CAC40 francês e o FTSE100 britânico suplantaram a fasquia dos -7%.

Os analistas denunciam o efeito “dominó”, isto é, de contágio, que se repercutiu também sobre os mercados do Médio Oriente. Na semana ada, o principal índice saudita escorregou quase 10% e o do Dubai, 8%. No entanto, aqui os ganhos de 2014 foram preservados, com destaque justamente para o Dubai e para o EGX, do Egito.

Seja na Europa ou no Médio Oriente, o pessimismo reinante tem desviado o fluxo de investimentos para valores como certificados de Tesouro em países com maior estabilidade ou ainda para o mercado do ouro.

A jornalista da euronews Daleen Hassan falou com Nour Eldeen Al-Hammoury, analista da ADS Securities, que nos deu a sua análise desta questão.

euronews: Este é um declínio de curto ou de longo prazo?

Nour Eldeen Al-Hammoury: Estas quedas parecem-me mais do lado saudável. Os títulos têm subido ao longo dos últimos quatro anos, sem que tenha havido grandes correções. São quedas que parecem ser de curto prazo, uma vez que os bancos centrais prosseguem com as políticas de ajustamento. Desde que estas políticas continuem, os títulos vão acumular mais lucros.

euronews: O que pode ser feito para travar a volatilidade?

NAH: Para já, não entrar em pânico. A maior parte das quedas da semana ada foi provocada por vendas precipitadas. No entanto, nós denotámos que os nossos clientes, por exemplo, na Ásia, na Europa, ou aqui no Médio Oriente, têm interesse em comprar durante este período. Isto sobretudo graças às pistas que alguns membros da Reserva Federal deram aos mercados, de que, se necessário, pode haver mais dinheiro barato a circular.

euronews: Porque é que os mercados do Médio Oriente têm tido um bom desempenho, apesar das tensões geopolíticas na região?

NAH: Como já abordámos aqui neste programa, os mercados do Médio Oriente são muito atrativos, porque há segurança e estabilidade na região, e porque os potenciais são muitos. São mercados que têm beneficiado do contexto no estrangeiro, sobretudo do abrandamento na Europa. Mais, a região abriu as portas aos investidores estrangeiros. Há muitos investidores a virem até cá, pelo menos até Abu Dhabi, até aos Emirados Árabes Unidos, apesar de todo o ruído que circula. No final de contas, o que os investidores querem é segurança, estabilidade, bons preços e boa tecnologia.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

2015: A profunda incerteza da economia global

A (in)decisão da Fed na mira do mundo

OPEP: As consequências da elevada produção de petróleo