O magnata mais famoso e polémico do mundo continuará a aconselhar Donald Trump e a visitar com frequência a Casa Branca, garantiu o próprio, no momento em que deixa o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
O magnata Elon Musk pode já não ter nenhum cargo na istração norte-americana, após ter cessado funções à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado à medida para si, mas vai continuar a visitar a Casa Branca como "conselheiro e amigo" do presidente Donald Trump, nas suas próprias palavras. Musk e Trump deram uma conferência de imprensa conjunta para assinalar o fim da missão permanente de Musk na Casa Branca, que ao longo destes primeiros quatro meses da segunda presidência de Trump tem sido uma presença constante, por vezes ensombrando o próprio Trump.
Musk, patrão de empresas como a fabricante de carros elétricos Tesla, a construtora aeroespacial SpaceX ou ainda a rede social X, disse que precisava de tempo para se dedicar aos seus negócios e por isso deixava o DOGE, mas isso não significava o fim do departamento e que, em breve, este conseguiria o objetivo prometido de cortar um bilião de dólares em despesas do Estado, algo que o organismo, nos seus 130 dias de existência, não esteve nem perto de atingir.
Fake news e consumo de drogas
Uma grande parte do discurso de Trump focou-se em supostos sucessos obtidos pelo DOGE que já foram desmentidos pela comunicação social depois de uma verificação de factos, tal como a desmontagem de um "programa da istração Biden para criar ratos transgénero" (Trump poderá ter confundido com transgénicos, ou geneticamente modificados, algo que de facto foi objeto de pesquisas), os "gastos milionários em hotéis de luxo para alojar migrantes" ou o "pagamento de bolsas de estudo em Myanmar para a promoção das ideias de diversidade e inclusão".
Esta despedida de Musk acontece na mesma altura em que surgem notícias de que Musk terá consumido drogas ilegais, incluindo cetamina, chegando a consumir 20 comprimidos por dia e sofrendo graves problemas de bexiga causados por esse consumo excessivo, enquanto aconselhou Trump. A notícia é o resultado de uma investigação do New York Times, citada pelo The Guardian.
Interrogado sobre este caso pelos jornalistas, Musk recusou-se a responder.